Diante da reportagem sobre aquela ato violento na escola de Porto Alegre e de comentários sobre a culpabilidade da educação, não posso deixar de registrar minha opinião técnica sobre o assunto.
Nossos alunos mudaram. A vida cotidiana da criança do século XXI é muito mais acelerada que crianças do século XX. Vivemos num mundo globalizado, onde elas captam milhares de conhecimento numa fração de segundos.Convivem com o estresse e a ansiedade diretamente, vêem a competitividade que seus pais enfrentam lá fora no mercado de trabalho, competem na sociedade para serem bem vistos. E todo esse bombardeio não é nada inofensivo, pois os torna em uma eterna busca pelo prazer, saciar suas vontades, que muitas vezes nem eles próprios sabem quais são. A verdadeira geração de insatisfeitos.Augusto Cury diz que quanto pior for a qualidade da educação, mais importante será o papel do psiquiatra neste século. O século do antidepressivo e tranqüilizante. Isso com certeza me apavorou muito.Certas horas paro e fico pensando: onde estamos errando? Apesar de saber que educação vem de casa, que não é o papel do educador dar educação e impor limites, me apavoro muito, porque também sou mãe, e apesar de ficar muitas horas do dia longe dele, eu lhe imponho limites, regras, porque criamos os filhos para o mundo. Qual será a reação dele quando ao chegar à escola se deparar com regras, com nãos, tendo que respeitar os limites de seus colegas? Nos preocupamos muito com o planeta que deixaremos para nossos filhos, mas esquecemos de deixar filhos melhores para este planeta. A moda agora é ter filho hiperativo, parece até status, chique...é de rir, mas limite é coisa que nem se fala mais,muitos nem sabem o que são. E ainda dizem que a escola é culpada de tudo isso. Quero deixar bem claro que há muitas falhas na educação brasileira, mas também há falhas piores na sociedade, que nada mais é do que as famílias.
Ao meu ver o trabalho mais importante na formação de uma criança é na educação infantil, é aqui que devemos apresentar as regras, rotina diária, é fundamental dar-lhes limites. Vimos diariamente adolescentes que não tiveram este tipo de educação, matando por ouvir um não da namorada, ateando fogo em índios por diversão, e assim vai, todos dias alguma barbárie acontece por falta de limites na infância. Sabemos que na vida não podemos fazer tudo o que queremos nem na hora que queremos. Isto esta refletido muito na escola, alunos agressivos, desinteressados, desorganizados, mas muitos casos (não digo todos),são por falta de limites, porque não querem fazer atividade naquele momento, não estão com vontade de estudar, queriam brincar, ai agride aquela pessoas que estão tentando lhe colocar limite (professora), agride o colega para chamar atenção, torna um verdadeiro caus a aula que poderia ter sido tão divertida e proveitosa.
Aqui também entra outra questão, agora mais pedagógica: essas crianças não se contentam com pouca coisa, exigem muito de nós professores, querem algo inovador, que lhes instiguem o intelecto, estamos competindo num páreo duro com alta tecnologia, e temos que correr, pra não ficar atrás.
As características de crianças que não possuem limites: possuem descontrole emocional, histéricas; distúrbios de condutas, incapacidade de concentração, excitabilidade, dificuldade para concluir tarefas e baixo rendimento. Características estas, muito confundidas com TDAH (hiperatividade).
Na preocupação de deixarmos nossos filhos e alunos mais autônomos, perdemos as rédeas da educação, e isso é muito frustrante como mãe e como profissional. De um ponto de vista psicopedagógico, se não nos unirmos pais e professores, ficará mesmo a mercê dos psiquiatras, como Augusto Cury citou em seu livro. Sei que a pergunta mais freqüente é como dar limites ao meu filho sem traumatizá-lo? Isso é uma resposta que não achamos em cartilhas, mas sabemos que o ser humano esta a cada dia mais sem saber como lidar consigo mesmo e com os seus. Conversar do tipo: discutir a relação é problema: fujo. E assim vamos indo, vivendo em sociedade. Sinto a carência de meus alunos em relação a conversar, ouvir suas criticas, eles tem cada opinião sobre sua realidade! Podemos notar nas escolas que aqueles professores que impõe limites, dá regras as suas aulas, mas também sabe ser flexível, amoroso, sabe que esta ali com uma diversidade em sua sala e respeita cada uma delas, é amado e respeitado por seus alunos. Porque no fundo é isso que eles querem em casa, de seus pais, também sabem que quem ama cuida, educa, e que seus pais fazem todas suas vontades e os deixam livres não por respeito, mas pára não criar problemas de discutir a relação familiar. São crianças, mas percebem muito mais que nós adultos, que crescem, esquecem que tem uma criança interior dentro deles, e sofrem, buscam a eterna felicidade em bens, mas esquece seu bem maior: filhos.
Temos que ter em mente que em uma escola, priorizando a sala de aula temos um grupo de crianças de uma mesma faixa etária, mas com desenvolvimento emocional, social e cognitivo bem distintos, cada um com a sua própria dinâmica familiar, seus próprios valores( em relação a comportamento, limites, disciplina e autoridade). Içami Tiba usa uma expressão bem interessante “ O professor pode ser um canhão, mas o aluno é um revolver”... Quantas situações agressivas e desnecessárias poderemos evitar se olharmos com outros olhos para nossos alunos, para nós mesmas, porque há muitos professores hiperativas e sem limites também. Uma vez uma professora nos disse em sala de aula “ Meninas vocês serão o espelho de seus alunos, seu estado de espírito refletirá, muitas vezes neles”.Portanto, a disciplina será um bem desde que não exista uma moral dupla, que todo mundo aceite e compreenda as que normas nunca poderão ser iguais a todos, que os alunos as aceite, para o bem de uma convivência.
Assim, usarei aqui palavras de Paulo Freire “ prefiro ser criticado como idealista e sonhadora inveterada por continuar, sem relutar, a apostar no ser humano”. Não consigo digerir quando ouço uma professora falar “esse aluno é uma causa perdida”, ou “ tadinho é hiperativo, não tem o que ser feito”ou até pais " só voc~es para aguentarem meu filho" Por que não tem aula em sabado e domingo?". Como isso acontece ainda? O que é ensinar? Qual o propósito de nossa profissão?Qual o proposito de familia? De educar um filho? Ensinar exige conhecimento, criticidade, dialogo, amor, comprometimento... poderia ficar aqui citando vários adjetivos para esta palavra.Se ao final do ano conseguirmos fazer os pais repensarem sobre a educação de filhos, sobre suas qualidades de vida e o que é prioritário para eles será como acertar na mega sena acumulada e sozinha.
Enfim, julgo que a educação de valores deve ser interpretada com um instrumento de mudança, de transformação pessoal e coletiva que permita ajudar e detectar e a criticar os aspectos injustos da realidade cotidiana e das normas morais vigentes, que impulsione a construção de formas de vida mais justas, que permita elaborar, de maneira autônoma, racional e dialogada, princípios gerais de valor, assim, como conseguir que as crianças adquiram condutas e hábitos coerentes com os princípios e as normas construídas. Pedagogia da autonomia, de valores, da sustentabilidade, que seja vários tipos, mas tudo é valido nesta busca por um ser humano mais justo e menos problemático, visto que a hiperatividade existe desde os primórdios e só agora virou febre nas instituições e nunca foi tratada com tanta preocupação como agora na atualidade. Crianças índigos, indisciplinadas, hiperativas seja lá qual for o tipo de criança merece ser tratada com respeito e merece todos nossos esforços para uma vida mais saudável e feliz.
Um pouco de meu trabalho pedagógico. A educação é projeto ,e,mais do que isto,encontro de projetos;encontro muitas vezes difícil,conflitante,angustiante mesmo;todavia altamente provocativo,desafiador,e,porque não dizer,prazeroso,realizador. Celso Vasconcellos
sábado, 7 de novembro de 2009
limites
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pedagoga/Psicopedagoga Patricia Leuck; Psicóloga Juliana Carvalho Reis; Musicoterapeuta Nicole Ferrari
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12:52
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terça-feira, 3 de novembro de 2009
24. Dinâmica:
24. Dinâmica: Dinâmica do Amor
Objetivo: Moral: Devemos desejar aos outros o que queremos para nós mesmos.
Procedimento:
Para início de ano Ler o texto ou contar a história do "Coração partido" - Certo homem estava para ganhar o concurso do coração mais bonito. Seu coração era lindo, sem nenhuma ruga, sem nenhum estrago. Até que apareceu um velho e disse que seu coração era o mais bonito pois nele havia. Houve vários comentários do tipo: "Como seu coração é o mais bonito, com tantas marcas?" O bom velhinho, então explicou que por isso mesmo seu coração era lindo. Aquelas marcas representavam sua vivência, as pessoas que ele amou e que o amaram. Fianlmente todos concordaram, o coração do moço, apesar de lisinho, não tinha a experiência do velho." Após contar o texto distribuir um recorte de coração (chamex dobrado ao meio e cortado em forma de coração), revistas, cola e tesoura. Os participantes deverão procurar figuras que poderiam estar dentro do coração de cada um. Fazer a colagem e apresentar ao grupo. Depois cada um vai receber um coração menor e será instruido que dentro dele deverá escrever o que quer para o seu coração. Ou o que quer que seu coração esteja cheio.. O meu coração está cheio de... No final o instrutor deverá conduzir o grupo a trocar os corações, entregar o seu coração a outro. Fazer a troca de cartões com uma música apropriada, tipo: Coração de Estudante, Canção da América ou outra.
Dinâmica: "Auxílio mútuo
Objetivo: Para reflexão da importância do próximo em nossa vida
Material: Pirulito para cada participante.
Procedimento:
Todos em círculo, de pé. É dado um pirulito para cada participante, e os seguintes comandos: todos devem segurar o pirulito com a mão direita, com o braço estendido. Não pode ser dobrado, apenas levado para a direita ou esquerda, mas sem dobrá-lo. A mão esquerda fica livre. Primeiro solicita-se que desembrulhem o pirulito, já na posição correta (braço estendido, segurando o pirulito e de pé, em círculo). Para isso, pode-se utilizar a mão esquerda. O mediador da dinâmica, recolhe os papéis e em seguida, dá a seguinte orientação: sem sair do lugar em que estão, todos devem chupar o pirulito! Aguardar até que alguém tenha a iniciativa de imaginar como executar esta tarefa, que só há uma: oferecer o pirulito para a pessoa ao lado!!! Assim, automaticamente, os demais irão oferecer e todos poderão chupar o pirulito. Encerra-se a dinâmica, cada um pode sentar e continuar chupando, se quiser, o pirulito que lhe foi oferecido. Abre-se a discussão que tem como fundamento maior dar abertura sobre a reflexão de quanto precisamos do outro para chegar a algum objetivo e de é ajudando ao aoutro que seremos ajudados.
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pedagoga/Psicopedagoga Patricia Leuck; Psicóloga Juliana Carvalho Reis; Musicoterapeuta Nicole Ferrari
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15:04
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A LEITURA COMO RESPONSABILIDADE SOCIAL
Os miseráveis no Brasil, compõem uma legião de 25 milhões de pessoas:
A expectativa de vida dos brasileiros varia conforme as classes. Veja:
O que consideramos como cidadania:
• Renda familiar e concentração de renda;
• O analfabetismo e a média de anos de estudo;
• As crianças que trabalham e não estudam;
• A habitação em residências feitas com materiais duráveis;
• O acesso à água e esgoto tratado;
• A expectativa de vida e mortalidade infantil.
Um adolescente custa, por mês, R$ 980,00 na Febem, R$ 530,00 na prisão e R$570,00 na escola em índices de 2000.
Gilberto Dimenstein Afirma:
“Não há possibilidade de se viver em sociedade sem a alfabetização. Um desafio no Brasil, onde temos 20 milhões de pessoas incapazes de escrever um simples bilhete de recado. Os que não conseguem entender e interpretar sequer um texto que acabaram de ler são 60 milhões em nosso país”.
Já para o educador Anísio Teixeira:
“Ser educado não é saber informações, não é saber falar sobre as coisas. Educar-se é passar por uma transformação da própria pessoa, atingir um nível mais alto de poder... A criança luta, e aprende, e desaprende, e volta a aprender, e conquista a capacidade de falar, de expressar os seus desejos, de dizer o que quer, para onde quer ir, conquistando plenamente esse poder”.
Cidadania no dicionário significa: o habitante da cidade, o individuo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado e o individuo no desempenho de seus deveres com o estado.
Já na interpretação do direito, segundo afirma Silva, cidadania é termo que qualifica os participantes da vida do estado, no reconhecimento do individuo como pessoa integrada na sociedade estatal. Significa também que o funcionamento do estado estará submetido à vontade popular. E, aí, o termo conexiona-se com o conceito de soberania popular, com os direitos políticos, com o conceito de dignidade da pessoa humana, com os objetivos da educação, como base e meta essencial do regime democrático.
Pesquisas entre alunos e egressos do sistema escolar têm demonstrado que a maior dificuldade que os leitores encontram, é interpretar e entender o que se lê. Concluindo que a sala de aula é apenas alfabetizadora (correspondência entre som e letra). A compreensão e estruturação dos textos, a diversidade de materiais que se oferecem à leitura ficam relegadas ao autodidatismo ou, o que é dramático, ao desconhecimento total.
O analfabetismo e a péssima constituição do leitor são responsáveis poderosos pela situação de desigualdade social e pelo pior índice mundial de qualidade de vida que o Brasil conquistou. ( Marisa Lajolo e Regina Zilberman)
O que confirma que nem sempre produz indivíduos capazes de lidar com os textos da realidade. No que diz Jean Foucambert a respeito da “ leiturização “ – Capacitar leitores a atuarem como produtores, interpretando e entendendo os sentidos dos textos.
Ler livros implicam o resgate da cidadania, conscientizando o leitor de seu poder de criação a cada do seu cotidiano.
A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
O que é um contador?
Morandubetá O contador de histórias é um todo orgânico que se expressa através da voz, do corpo, previamente elaborado...
Eliane Yunes Ninguém vira contador de historias da noite pro dia, é um processo transformador, respeitando o fluir natural do tempo. Centrar-se numa reflexão que evolva nossas histórias de leitores. O sujeito leitor não esta na sala de aula, esta em qualquer lugar; ele deve ler para entender o que é possível entender, e para interpretar, com seu próprio conhecimento a escrita do texto. Precisa ler o quer não esta escrita e ler mais longe ainda, o que pode vir a ser escrito deduzido de falas: os homens agem com a palavra, mas quem é leitor deve saber o que faz com ela e assumir suas conseqüências.
Mário Vargas Llosa É uma atividade primordial, uma necessidade de existência, uma maneira de suportar a vida. Para conhecer o que somos, como indivíduos e como povos, pedir auxilio da memória e da imaginação, projetar-nos nas ficções: é refazer a experiência, retificar a historia real na direção que nossos desejos frustrados, sonhos esfarrapados, alegria e cólera reclamem.
Luis da Câmara cascudo Ao lado da literatura, do pensamento intelectual letrado, correm as águas paralelas, solitárias e poderosas, da memória e da imaginação popular. O conto popular revela informações de diversas áreas das ciências humanas. É um documento vivo.
Além dessas qualidades, é preciso acentuar que o contador tem de ser, sobretudo, um leitor plural e critico.
TIPOLOGIA TEXTUAL
A compreensão infantil necessita de mediação do professor, que cria condições de aprendizagem, e que está relacionada com a retomada do texto para melhor compreendê-lo.
Precisamos orientar sua leitura na fase inicial, para que ele entenda como proceder nas tarefas de construção de sentido nos textos que forem aparecendo em seu percurso escolar e de vida.
A tipologia textual compreende diferentes esquemas pelos quais podemos estabelecer características próprias e idiossincráticas, bem como estabelecer diferenças com os demais tipos.
Expor a criança à diversidade não apenas formal, mas também de exposição de idéias cada vez mais complexas, prepara o leitor para a independência futura no trato com os textos culturais.
Ângela kleiman propõem: “colocar em ação todo nosso sistema de valores, crenças e atitudes que refletem o grupo social em que se deu nossa sociabilização primária, o grupo em que fomos criados”.
Isabel Sole, baseadas em estudos de Adam, Bronckart e de Van Dijk apresenta as seguintes classificações textuais:
O estudo dos tipos textuais contribui para a diversificação e complexificação necessárias à formação de uns leitores críticos, competentes, proficientes. O professor não pode ater-se exclusivamente a um dos tipos, sob pena de distorcer a noção de leitura e de empobrecer sua pratica pedagógica.
A expectativa de vida dos brasileiros varia conforme as classes. Veja:
O que consideramos como cidadania:
• Renda familiar e concentração de renda;
• O analfabetismo e a média de anos de estudo;
• As crianças que trabalham e não estudam;
• A habitação em residências feitas com materiais duráveis;
• O acesso à água e esgoto tratado;
• A expectativa de vida e mortalidade infantil.
Um adolescente custa, por mês, R$ 980,00 na Febem, R$ 530,00 na prisão e R$570,00 na escola em índices de 2000.
Gilberto Dimenstein Afirma:
“Não há possibilidade de se viver em sociedade sem a alfabetização. Um desafio no Brasil, onde temos 20 milhões de pessoas incapazes de escrever um simples bilhete de recado. Os que não conseguem entender e interpretar sequer um texto que acabaram de ler são 60 milhões em nosso país”.
Já para o educador Anísio Teixeira:
“Ser educado não é saber informações, não é saber falar sobre as coisas. Educar-se é passar por uma transformação da própria pessoa, atingir um nível mais alto de poder... A criança luta, e aprende, e desaprende, e volta a aprender, e conquista a capacidade de falar, de expressar os seus desejos, de dizer o que quer, para onde quer ir, conquistando plenamente esse poder”.
Cidadania no dicionário significa: o habitante da cidade, o individuo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado e o individuo no desempenho de seus deveres com o estado.
Já na interpretação do direito, segundo afirma Silva, cidadania é termo que qualifica os participantes da vida do estado, no reconhecimento do individuo como pessoa integrada na sociedade estatal. Significa também que o funcionamento do estado estará submetido à vontade popular. E, aí, o termo conexiona-se com o conceito de soberania popular, com os direitos políticos, com o conceito de dignidade da pessoa humana, com os objetivos da educação, como base e meta essencial do regime democrático.
Pesquisas entre alunos e egressos do sistema escolar têm demonstrado que a maior dificuldade que os leitores encontram, é interpretar e entender o que se lê. Concluindo que a sala de aula é apenas alfabetizadora (correspondência entre som e letra). A compreensão e estruturação dos textos, a diversidade de materiais que se oferecem à leitura ficam relegadas ao autodidatismo ou, o que é dramático, ao desconhecimento total.
O analfabetismo e a péssima constituição do leitor são responsáveis poderosos pela situação de desigualdade social e pelo pior índice mundial de qualidade de vida que o Brasil conquistou. ( Marisa Lajolo e Regina Zilberman)
O que confirma que nem sempre produz indivíduos capazes de lidar com os textos da realidade. No que diz Jean Foucambert a respeito da “ leiturização “ – Capacitar leitores a atuarem como produtores, interpretando e entendendo os sentidos dos textos.
Ler livros implicam o resgate da cidadania, conscientizando o leitor de seu poder de criação a cada do seu cotidiano.
A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
O que é um contador?
Morandubetá O contador de histórias é um todo orgânico que se expressa através da voz, do corpo, previamente elaborado...
Eliane Yunes Ninguém vira contador de historias da noite pro dia, é um processo transformador, respeitando o fluir natural do tempo. Centrar-se numa reflexão que evolva nossas histórias de leitores. O sujeito leitor não esta na sala de aula, esta em qualquer lugar; ele deve ler para entender o que é possível entender, e para interpretar, com seu próprio conhecimento a escrita do texto. Precisa ler o quer não esta escrita e ler mais longe ainda, o que pode vir a ser escrito deduzido de falas: os homens agem com a palavra, mas quem é leitor deve saber o que faz com ela e assumir suas conseqüências.
Mário Vargas Llosa É uma atividade primordial, uma necessidade de existência, uma maneira de suportar a vida. Para conhecer o que somos, como indivíduos e como povos, pedir auxilio da memória e da imaginação, projetar-nos nas ficções: é refazer a experiência, retificar a historia real na direção que nossos desejos frustrados, sonhos esfarrapados, alegria e cólera reclamem.
Luis da Câmara cascudo Ao lado da literatura, do pensamento intelectual letrado, correm as águas paralelas, solitárias e poderosas, da memória e da imaginação popular. O conto popular revela informações de diversas áreas das ciências humanas. É um documento vivo.
Além dessas qualidades, é preciso acentuar que o contador tem de ser, sobretudo, um leitor plural e critico.
TIPOLOGIA TEXTUAL
A compreensão infantil necessita de mediação do professor, que cria condições de aprendizagem, e que está relacionada com a retomada do texto para melhor compreendê-lo.
Precisamos orientar sua leitura na fase inicial, para que ele entenda como proceder nas tarefas de construção de sentido nos textos que forem aparecendo em seu percurso escolar e de vida.
A tipologia textual compreende diferentes esquemas pelos quais podemos estabelecer características próprias e idiossincráticas, bem como estabelecer diferenças com os demais tipos.
Expor a criança à diversidade não apenas formal, mas também de exposição de idéias cada vez mais complexas, prepara o leitor para a independência futura no trato com os textos culturais.
Ângela kleiman propõem: “colocar em ação todo nosso sistema de valores, crenças e atitudes que refletem o grupo social em que se deu nossa sociabilização primária, o grupo em que fomos criados”.
Isabel Sole, baseadas em estudos de Adam, Bronckart e de Van Dijk apresenta as seguintes classificações textuais:
O estudo dos tipos textuais contribui para a diversificação e complexificação necessárias à formação de uns leitores críticos, competentes, proficientes. O professor não pode ater-se exclusivamente a um dos tipos, sob pena de distorcer a noção de leitura e de empobrecer sua pratica pedagógica.
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pedagoga/Psicopedagoga Patricia Leuck; Psicóloga Juliana Carvalho Reis; Musicoterapeuta Nicole Ferrari
às
14:54
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“ Precisamos contribuir para criar a escola que é a aventura que marca, que não tem medo de riscos, por isso recusa o imobilismo. A escola em que se atua, em que se fala, em que se ama, se adivinha, a escola que apaixonadamente diz sim à vida.”
Paulo Freire
Paulo Freire
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