quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Educação financeira para crianças

www.educfinanceira.com.br
Imagem-de-porquinho-de-moedas
Cena do cotidiano: Os pais levam os filhos ao supermercado e, na medida em que vão passando pelas diferentes gôndolas do estabelecimento, se deparam com o setor de guloseimas (bolachas recheadas, salgadinhos, refrigerantes, sorvetes, chocolates,...). Nesse exato momento as crianças começam a se agitar, a berrar ou a espernear para que sejam comprados determinados produtos dessas linhas. Os pais, cientes da necessidade de equilibrar o orçamento, mesmo assim não resistem a situação desagradável e abrem mão do controle de suas finanças e acabam gastando quando não deveriam...
Quantas pessoas já não passaram por uma situação ou presenciaram momentos como aquele que foi descrito acima? Quem ainda não se deparou com crianças que pela força de seus pulmões conseguem “convencer” seus pais ou acompanhantes a comprar determinados tipos de produtos? Quais pais ou tutores ainda não tiveram seu orçamento comprometido no final do mês para atender a demanda de seus amados filhotes?
Lidar com dinheiro não é fácil nem para os adultos, muito menos para as crianças. Ganhar dinheiro é muito difícil, por outro lado, gastar é muito fácil. Ofertas, promoções, necessidades instadas pela mídia, sonhos de consumo, problemas pessoais que as pessoas tentam superar gastando aquilo que lhes tomou muito tempo e suor, despesas de última hora ou situações emergenciais já consumiram a poupança de muitas famílias. E é importante que percebamos que a administração desses recursos cabe a adultos, imaginem então o que significa para as crianças ter um pouco mais de dinheiro no bolso...
Aprender matemática na escola é o primeiro passo para entrar no mundo das cifras. Pena que a matemática aprendida na escola ainda não tenha se relacionado melhor com os fatos do cotidiano, mais especificamente com as diversas relações econômicas e financeiras que vivemos todos os dias ao longo de nossas vidas. A utilização dessa realidade como fator de aprendizagem poderia melhorar muito o convívio das pessoas com o dinheiro e evitar várias dores de cabeça na administração dos orçamentos pessoais...
O real valor do dinheiro só é aprendido pelas pessoas a partir do momento em que ganham seu primeiro salário. O esforço necessário para produzir esse provento inicial dá ao trabalhador a dimensão das dificuldades que ele terá durante sua existência. Mas, e as crianças, como elas poderiam aprender se não podem ingressar no mercado de trabalho? Há outros caminhos? Que possibilidades poderiam ser sugeridas para pais e professores no que se refere a educação financeira a ser dada para as crianças e adolescentes?
Pensando nisso a educadora Cássia D’Aquino têm desenvolvido estudos e aprimorado seus conhecimentos na área e decidiu socializar parte de sua produção através de um site muito interessante chamado Educação Financeira (www.educfinanceira.com.br). Nesse espaço virtual encontramos artigos, sugestões e encaminhamentos para que possamos aprender um pouco mais sobre o assunto e também (principalmente) para que consigamos ensinar nossas crianças e adolescentes a ter uma relação mais saudável com o dinheiro.
O site
Imagem-de-lupa-em-cima-de-dinheiro
Dinheiro? O que é? Para que serve? Como gastá-lo? Se muitas vezes essas dúvidas
atormentam os adultos, imaginem então como fica a cabeça das crianças
ao tomar contato com esse recurso...
Não há efeitos mirabolantes nem tampouco um enorme acervo de imagens ou filmes disponíveis no site de Educação Financeira. Essa economia é proposital, afinal de contas, o mais interessante para quem visita esse site são justamente as informações relativas as formas como podemos, devemos e iremos administrar nossos recursos e educar nossas crianças quanto a esse quesito. Por isso mesmo, os pontos mais fortes e importantes do site estão localizados nos textos e artigos, dicas e exercícios sugeridos pela professora Cássia D’Aquino. Esses recursos estão divididos em áreas específicas, entre as quais recomendo:
1- O setor direcionado as Famílias, apresenta textos dirigidos para cada uma das faixas etárias que normalmente coabitam dentro de uma mesma casa e que se relacionam como uma família, ou sejam: Pais, adolescentes e crianças. Entre esses artigos iremos encontrar textos sobre temáticas como: Desperdício, A História do Dinheiro, Bolsa de Valores, Trabalho, Financiamento Universitário, Lista de Compras, Mesada,... Entre os materiais destinados as crianças ainda podemos encontrar três jogos que auxiliam os pequenos a entender melhor o mundo do dinheiro (Caça-palavras, Teste e Jogo da Memória).
Obs. Na seção intitulada Artigos encontramos uma reunião dos melhores textos disponíveis nas páginas destinadas a Família.
2- Em FAQ encontramos uma série de perguntas feitas pelos pais ou por educadores em encontros, apresentações, palestras ou mesmo através da internet direcionadas a professora Cássia D’Aquino. Há questões muito interessantes e pertinentes que irão interessar a um grande número de pais e educadores. Além disso, as respostas podem servir como referência para a atuação de muitas pessoas. Entre as várias questões podemos destacar: Como introduzir a Educação Financeira na escola? Mesadas ou Semanadas? De que forma podemos incentivar as crianças a poupar? Que orientações devemos dar a nossos filhos quando ingressam no mercado de trabalho quanto a seus rendimentos?
3- Na parte do site destinada aos Livros encontramos as duas obras escritas pela professora Cássia D’Aquino e também algumas relações estabelecidas entre a Educação Financeira e os Parâmetros Curriculares Nacionais. Essas informações podem ser obtidas quando entramos em Recursos Pedagógicos, onde se apresentam idéias relativas a Trabalho e Consumo.

Aos Professores
:Imagem-da-compra-por-moedas-de-um-peixe
Foi-se o tempo em que realizávamos o escambo. O dinheiro é apenas uma ferramenta
criada pelos homens para intermediar suas trocas. Não deve ser encarado como a razão
de todos os males nem tampouco como o objetivo final de vida de nenhuma pessoa.
Há pessoas que verdadeiramente odeiam o dinheiro e atribuem todas as infelicidades do mundo a esse recurso. Muitas outras devotam toda a sua vida a perseguir e obter a maior quantidade de dinheiro que possam conseguir. Entre nós há alguns afortunados que conseguem acumular tanto capital que não tem como gastar durante suas vidas. Um enorme contingente de seres humanos, porém não consegue nem ao menos captar o suficiente para manter sua dignidade...
Afinal de contas, o dinheiro é ou não é o grande fomentador de desigualdades no mundo? Será que sem o dinheiro o mundo não seria muito melhor?
Não podemos atribuir a uma invenção humana o encargo por todos os erros e atrocidades que, de certa forma, a própria humanidade vem se impingindo. Se há excluídos, a responsabilidade por essa invisibilidade social é de toda a comunidade, dos governantes aos cidadãos comuns, não há como fugir dessa verdade. O dinheiro é apenas um mero intermediário nas relações estabelecidas entre os homens em suas sociedades e como tal deveria ser entendido apenas como mais um instrumento, uma ferramenta.
Para que possamos estabelecer melhores relações com o dinheiro temos que necessariamente rever muitas de nossas posturas, preconceitos e práticas no convívio diário com esse recurso. Temos que nos reeducar para aproveitar melhor o dinheiro e usufruir de seus benefícios. Somente depois dessa revisão e que poderemos também pensar numa educação financeira a ser implementada para as novas gerações a partir da família e da escola.
O trabalho apresentado no site Educação Financeira propicia algumas discussões acerca desse tema tão espinhoso para tantas famílias e educadores e, mais do que isso, lança a idéia do aproveitamento dessa temática para o estudo desenvolvido em sala de aula desde a mais tenra idade. Vale a pena conferir e, quem sabe, começar a economizar desde já...
   Veja algumas atividades a serem desenvolvidas em sala de aula:
 
Para 1º e 2º anos:
  • Hora do conto : A cigarra e a formiga ou as galinha dos ovos de ouro. São fábulas que abordam o ato de ser previdente,  de poupa. E a outra enfatiza que quem tudo quer, tudo perde.Nossos objetivos com estas fábulas é de refletir sobre o ato de poupar e planejar gastos, uma vez que os presentes que nossos filhos pedem estão cada vez mais caros. Fazê-los que valorizem o que possuem, estipulem metas e objetivos em suas vidas, como um brinquedo ou aparelho que almejam, como podem poupar para conseguir atingir seus objetivos.
  • trabalhar com panfletos de supermercado, demostrando situações problemas do dia a dia de cada um, comparando e pesquisando preços, podemos trabalhar aqui a questão do maior e menor preço, sitema monetário.
  • trabalhar sobre a origem da simbologia do porquinho como elemento ligado a poupança. Construir com eles um porquinho cofre, de garrafa pet .
  • Confecccionar um tlão de cheques com eles, para que aprendam a escrita dos números.
  •