Os miseráveis no Brasil, compõem uma legião de 25 milhões de pessoas:
A expectativa de vida dos brasileiros varia conforme as classes. Veja:
O que consideramos como cidadania:
• Renda familiar e concentração de renda;
• O analfabetismo e a média de anos de estudo;
• As crianças que trabalham e não estudam;
• A habitação em residências feitas com materiais duráveis;
• O acesso à água e esgoto tratado;
• A expectativa de vida e mortalidade infantil.
Um adolescente custa, por mês, R$ 980,00 na Febem, R$ 530,00 na prisão e R$570,00 na escola em índices de 2000.
Gilberto Dimenstein Afirma:
“Não há possibilidade de se viver em sociedade sem a alfabetização. Um desafio no Brasil, onde temos 20 milhões de pessoas incapazes de escrever um simples bilhete de recado. Os que não conseguem entender e interpretar sequer um texto que acabaram de ler são 60 milhões em nosso país”.
Já para o educador Anísio Teixeira:
“Ser educado não é saber informações, não é saber falar sobre as coisas. Educar-se é passar por uma transformação da própria pessoa, atingir um nível mais alto de poder... A criança luta, e aprende, e desaprende, e volta a aprender, e conquista a capacidade de falar, de expressar os seus desejos, de dizer o que quer, para onde quer ir, conquistando plenamente esse poder”.
Cidadania no dicionário significa: o habitante da cidade, o individuo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado e o individuo no desempenho de seus deveres com o estado.
Já na interpretação do direito, segundo afirma Silva, cidadania é termo que qualifica os participantes da vida do estado, no reconhecimento do individuo como pessoa integrada na sociedade estatal. Significa também que o funcionamento do estado estará submetido à vontade popular. E, aí, o termo conexiona-se com o conceito de soberania popular, com os direitos políticos, com o conceito de dignidade da pessoa humana, com os objetivos da educação, como base e meta essencial do regime democrático.
Pesquisas entre alunos e egressos do sistema escolar têm demonstrado que a maior dificuldade que os leitores encontram, é interpretar e entender o que se lê. Concluindo que a sala de aula é apenas alfabetizadora (correspondência entre som e letra). A compreensão e estruturação dos textos, a diversidade de materiais que se oferecem à leitura ficam relegadas ao autodidatismo ou, o que é dramático, ao desconhecimento total.
O analfabetismo e a péssima constituição do leitor são responsáveis poderosos pela situação de desigualdade social e pelo pior índice mundial de qualidade de vida que o Brasil conquistou. ( Marisa Lajolo e Regina Zilberman)
O que confirma que nem sempre produz indivíduos capazes de lidar com os textos da realidade. No que diz Jean Foucambert a respeito da “ leiturização “ – Capacitar leitores a atuarem como produtores, interpretando e entendendo os sentidos dos textos.
Ler livros implicam o resgate da cidadania, conscientizando o leitor de seu poder de criação a cada do seu cotidiano.
A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
O que é um contador?
Morandubetá O contador de histórias é um todo orgânico que se expressa através da voz, do corpo, previamente elaborado...
Eliane Yunes Ninguém vira contador de historias da noite pro dia, é um processo transformador, respeitando o fluir natural do tempo. Centrar-se numa reflexão que evolva nossas histórias de leitores. O sujeito leitor não esta na sala de aula, esta em qualquer lugar; ele deve ler para entender o que é possível entender, e para interpretar, com seu próprio conhecimento a escrita do texto. Precisa ler o quer não esta escrita e ler mais longe ainda, o que pode vir a ser escrito deduzido de falas: os homens agem com a palavra, mas quem é leitor deve saber o que faz com ela e assumir suas conseqüências.
Mário Vargas Llosa É uma atividade primordial, uma necessidade de existência, uma maneira de suportar a vida. Para conhecer o que somos, como indivíduos e como povos, pedir auxilio da memória e da imaginação, projetar-nos nas ficções: é refazer a experiência, retificar a historia real na direção que nossos desejos frustrados, sonhos esfarrapados, alegria e cólera reclamem.
Luis da Câmara cascudo Ao lado da literatura, do pensamento intelectual letrado, correm as águas paralelas, solitárias e poderosas, da memória e da imaginação popular. O conto popular revela informações de diversas áreas das ciências humanas. É um documento vivo.
Além dessas qualidades, é preciso acentuar que o contador tem de ser, sobretudo, um leitor plural e critico.
TIPOLOGIA TEXTUAL
A compreensão infantil necessita de mediação do professor, que cria condições de aprendizagem, e que está relacionada com a retomada do texto para melhor compreendê-lo.
Precisamos orientar sua leitura na fase inicial, para que ele entenda como proceder nas tarefas de construção de sentido nos textos que forem aparecendo em seu percurso escolar e de vida.
A tipologia textual compreende diferentes esquemas pelos quais podemos estabelecer características próprias e idiossincráticas, bem como estabelecer diferenças com os demais tipos.
Expor a criança à diversidade não apenas formal, mas também de exposição de idéias cada vez mais complexas, prepara o leitor para a independência futura no trato com os textos culturais.
Ângela kleiman propõem: “colocar em ação todo nosso sistema de valores, crenças e atitudes que refletem o grupo social em que se deu nossa sociabilização primária, o grupo em que fomos criados”.
Isabel Sole, baseadas em estudos de Adam, Bronckart e de Van Dijk apresenta as seguintes classificações textuais:
O estudo dos tipos textuais contribui para a diversificação e complexificação necessárias à formação de uns leitores críticos, competentes, proficientes. O professor não pode ater-se exclusivamente a um dos tipos, sob pena de distorcer a noção de leitura e de empobrecer sua pratica pedagógica.
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