Proposta de intervenção psicopedagógica para B.T
Patrícia Leuck
Afirma-se sobre a intervenção ser uma interferência do profissional dentro do processo de aprendizagem do aluno, não somente de suas dificuldades ou distúrbios, mas também na aprendizagem de um modo geral.
Alicia Fernandez (2001) relata que todo sujeito tem sua modalidade de aprendizagem e os seus meios para construir o próprio conhecimento, e isso significa uma maneira muito pessoal para se dirigir e construir o saber.
A aprendizagem é um fruto da história de cada sujeito e das relações que ele consegue estabelecer com o conhecimento ao longo da vida, como afirma Bossa (2000). Sabemos que quanto maior for estimulo dado às crianças, maior será seu desenvolvimento.
Compreendido o conceito de intervenção e aprendizagem, busquemos subsídios para proporcionar o auto conhecimento de BT, para que possa entender como se dá o processo de construção do seu conhecimento.
Analisar BT como sendo uma criança com dificuldades de aprendizagem, que podem estar aliadas aos transtornos de saúde que ocorreram numa fase de grandes obstáculos funcionais orgânicos, aliados a fatores emocionais, que interferem diretamente em seu desempenho escolar, baseando-nos em conceitos de Wells (2000), que afirma que a prática.
Psicopedagógica deve considerar o sujeito como um ser global. O aspecto orgânico diz respeito à construção biológica do sujeito, a dificuldade de aprender estaria ligada ao corpo. O aspecto cognitivo está relacionado ao funcionamento das estruturas cognitivas, ou seja, na estrutura do pensamento de BT. O aspecto social refere-se à relação do sujeito com a família, com a sociedade, seu contexto social e cultural. E, por ultimo, o contexto pedagógico, como a escola organiza o trabalho de metodologia, avaliação e didática.
Diante de todos estes fatores, buscaremos um procedimento de intervenção que se adequou ao caso de BT, procurando desenvolver com uma nova proposta fundamentada no material disparador, com jogos e atividades psicomotoras, brincadeiras corporais, livros de história para contação e expressão oral, onde a criança desperte, através do lúdico, seu auto conhecimento, corporal, cognitivo e emocional.
Considerações sobre o Material Disparador:
Segundo Jorge Visca, que, idealizou a caixa de trabalho para procurar sanar as dificuldades de aprendizagem, inspirando-se na caixa individual, que a psicanálise da criança utiliza.
Esta caixa seria composta de brinquedos, jogos e materiais que representassem o mundo interno da criança, suas fantasias e medos inconscientes frente ao mundo (BARBOSA, 2000. Pg.35). É preciso considerar alguns aspectos, tais como: estágio de pensamento, interesses ou motivações, déficits de aprendizagem,
sexo, idade, meio sócio-cultural, prognóstico e grau de focalização da tarefa (Visca, 1987, p. 29). Barbosa completa ainda com o nível de apropriação da linguagem escrita, vínculos afetivos estabelecidos com as situações de aprendizagem (2002, p. 36).
Além de materiais, estruturados e não estruturados, a caixa deverá conter materiais básicos que servirão de apoio, tais como: lápis, borracha, régua, apontador e dependendo da necessidade apontada pela avaliação: tesoura cola e revistas para recortar.
Esta caixa é única e exclusiva da criança, pois representa uma importância significativa da sua vida, já que intencionam promover “... a superação ou a minimização das dificuldades de aprendizagem” (BARBOSA, 2000 pg.36).
Além da caixa de trabalho, há profissionais que trabalham com o que Bosse (1995) denominou de material disparador em seu artigo na revista Psicopedagogia: O material disparador - considerações preliminares de uma experiência clínica psicopedagógica.
Nesta citação ela explica porque acredita ser inviável trabalhar com a caixa de trabalho: realidade atual, torna-se praticamente inviável ao psicopedagogo dispor de materiais como: jogos, tesouras, caixas de lápis de cor etc. para uso exclusivo de um único cliente. A menos que o profissional se dedique a atender pessoas de classe econômica alta, o que não me parece ser o objetivo da Psicopedagogia (BOSSE, 1995, p. 81).
Segundo Bosse (BOSSE, 1995, p. 81), o material disparador poderá ser um livro, um jogo, pedaços de tecido, papel de dobradura entre outros.
As substituições também não deverão ser feitas de forma aleatória. Elas deverão responder a questões tais como: "Porque vou substituir este disparador nesta sessão? Porque vou introduzir outro".
Embora simples na aparência tenha um rico significado internamente já que é ali que o sujeito depositará suas construções e elaborações como desenhos, pintura, texto etc. Ela representa "o depositário de conteúdos simbólicos do paciente" (WEISS, 2003, p. 152).
Intervenção de BT:
Fernández (1990) afirma que o diagnóstico, para o terapeuta, deve ter a mesma função que a rede para um equilibrista. É ele, portanto, a base que dará suporte ao psicopedagogo para que este faça o encaminhamento necessário.
É um processo que permite ao profissional investigar, levantar hipóteses provisórias que serão ou não confirmadas ao longo do processo recorrendo, para isso, a conhecimentos práticos e teóricos. Esta investigação permanece durante todo o trabalho diagnóstico através de intervenções e da “... escuta psicopedagógica...", para que “... se possam decifrar os processos que dão sentido ao observado e norteiam a intervenção". (BOSSA, 2000, p. 24).
Em uma primeira sessão, disponibilizar em uma mesa, diversos materiais como: lápis de cor, canetinha, bloco de desenho, tempera, pincel, livros infantis com fantoches, massa de modelar, brinquedos, corda de pular, giz de quadro negro, retalhos, lã, a fim de que BT se identifique com a caixa através do material não estruturado e experimente mudanças através dos diferentes materiais estruturados; explicando que “os materiais que estão sobre a mesa são para você usar aqui, como quiser, para poder aprender mais”.
Piaget, em Psicologia de lá Inteligência, coloca que:
O indivíduo não atua senão quando experimenta a necessidade; ou seja; quando o equilíbrio se acha momentaneamente quebrado entre o meio e o organismo, a ação tende a restabelecer este equilíbrio, quer dizer, precisamente, a readaptar o organismo... (PIAGET apud VISCA, 1991, p. 41).
Em seguida, conversar com BT sobre a caixa e o material: “O que você gostaria de colocar dentro desta caixa para trabalharmos em nossas sessões”?
O propósito da intervenção baseia-se na estimulação da aprendizagem nas seguintes áreas, manipular, seriar, classificar, transportar, juntar, copiar. Portanto falamos em desenvolver o pensamento pré-operacional e operacional, segundo Piaget.
Quero que BT se expresse ao máximo, utilize todas as formas de linguagem que puder. Acredito que assim conseguiremos sanar muitas de suas dificuldades, conhecendo seu corpo através da confecção uma boneca de pano com os retalhos, desenhando o contorno do seu corpo, expressando-se através do desenho e da contação de histórias, brincadeiras lúdicas com corda. Atividades estas que a farão resgatar o tempo perdido devido sua dificuldade orgânica, conhecer seu corpo. Enfim liberta-se para sua aprendizagem.
Considerações finais:
Fazer com que BT vivencie seu material disparador será muito positivo ao seu aprendizado. Ele realizará atividades que instigarão suas inquietudes, inseguranças, dificuldades e até medos. Para Barbosa ela é “um continente, no qual a criança poderá depositar seus conteúdos de saber e de não saber” (2002, p. 35).
No primeiro momento ele escolherá seu material de trabalho, mas seja qual for me mostrará algo, desenhando representará seu mundo interior e exterior. Confeccionando bonecas de pano, seu próprio brinquedo, criará um vinculo afetivo, seu resgate emocional: “como devo cuidar de minha boneca”? “Como mamãe me cuida”?
Com jogos e brincadeiras, será o momento de explorar sua parte motora, psicomotora, trabalhar o corpo, conhecê-lo, explorá-lo.
Através do seu auto conhecimento, de conhecer como se dá seu aprendizado conseguiremos sanar muitas de suas dificuldades.
O ser humano se constrói progressivamente e em estados de alternância, ora mais emocionais e ora mais cognitivos, auxiliando-nos a avaliar de forma mais concreta o que está acontecendo com BT. Nesse direcionamento, o desenvolvimento é entendido como descontínuo assistemático e como uma construção progressiva. Dito por Dantas de outra forma: “Isto significa que a afetividade depende, para evoluir, de conquistas realizadas no plano da inteligência e vice-versa” (1992, pg. 90).
Acredito que esta prática seja a mais adequada à realidade de BT e, ao mesmo tempo, coerente com os princípios de um modelo mais amplo, que é o da Epistemologia Convergente, que lhe dá sustentação. (BOSSE. P. 1995, p. 83)... através da qual o psicopedagogo irá observar as ações desta criança para, a partir daí, fazer suas intervenções com o objetivo de promover o seu avanço em relação às suas dificuldades.
Bibliografias:
1. DANTAS, Heloysa. A Afetividade e a construção do Sujeito na Psicogenética de Wallon. In: Teorias psicogenéticas em discussão. DE LA TAYLLE, Yves, OLIVEIRA, Marta Kohl. São Paulo: Summus, 1992.
2. BOSSE, Vera R. P. O material disparador - considerações preliminares de uma experiência clínica psicopedagógica. In: Psicopedagogia, Rev. 14 (33), São Paulo, 1995.
3. WEISS, M. L. L. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro, DP&A, 2003.
4.
Um pouco de meu trabalho pedagógico. A educação é projeto ,e,mais do que isto,encontro de projetos;encontro muitas vezes difícil,conflitante,angustiante mesmo;todavia altamente provocativo,desafiador,e,porque não dizer,prazeroso,realizador. Celso Vasconcellos
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Proposta de intervenção com material disparador
Postado por
pedagoga/Psicopedagoga Patricia Leuck; Psicóloga Juliana Carvalho Reis; Musicoterapeuta Nicole Ferrari
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07:11
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domingo, 11 de abril de 2010
Eu e minha saúde ( parte 1 )
SITUAÇÃO PROBLEMA:
Onde poderemos encaixar a matemática no conteúdo sobre alimentação? Quanto tempo será que levamos para fazer a digestão? Você sabe o que é IMC? Quanto consumimos de calorias por dia?
OBJETIVOS:
• ressaltar a importância de uma alimentação saudável para o funcionamento de nosso corpo;
• propiciar opções saudáveis para desenvolver hábitos alimentares que lhe tragam uma boa qualidade de vida.
EIXOS TEMÁTICOS:
• Sistema de numeração decimal e números racionais
• Números naturais;
• Operações com números decimais e racionais,
• Grandezas e medidas
CONSTRUÇÕES ESSENCIAIS:
• Leitura, escrita e ordenação dos números racionais,
• Reconhecimento de diferentes significados das frações em situações – problema: parte todo, quociente e razão
• Situações ´problemas envolvendo operações com números naturais racionais e o uso das técnicas operatórias com a compreensão dos processos envolvidos;
• Situações problema envolvendo as operações de adição e subtração de números racionais na forma decimal; porcentagem
• Reconhecimento de unidades de medidas usuais ou sistema métrico decimal.
ABORDAGEM:
1) Analise da tabela dos alimentos consumidos: observe na tabela o tempo de digestão de alguns alimentos. Quais destes alimentos citados demoram mais tempo para ser digeridos? Se o tempo de digestão de um prato de macarronada fosse o dobro do tempo determinado na tabela, quanto seria?
2) Com base na tabela realizada por você, vamos somar as calorias dos aliemtnos. Quantas calorias você consumiu em um dia?
3) Observe esta formula para calcular o IMC ( índice de massa corporal) IMC = peso
Altura X altura
Agora vamos tentar calcular o nosso IMC:
Texto sobre o IMC adequado a cada faixa etária, extraído da zero hora
4) tema de casa: pesquise a quantidade ideal caloria de uma criança de sua idade.
5) Problemas matemáticos sobre calorias, envolvendo multiplicação e divisão.
6) Tema de casa: Embasando-se no texto dos alimentos, retire os números matemáticos existentes. Calcule há quanto tempo existem: os alimentos na américa e o tempo entre o século 15 e 16. Pesquise qual foi o ano da criação da geladeira da luz e do progresso agrícola.
7) Laboratório de matemática: vamos representar em nosso abaco os números encontrados no tema . Agora vamos escrevê-los por extenso no caderno.
8) Você sabe o que é um século e como é representado? Que anos encontramos no século 15? E no 16? Como convertemos os séculos para anos?
9) Texto explicativo sobre séculos.
10) Culinária : faremos uma receita escolhida pelas crianças do nosso livro de receitas, trabalhando medidas e frações. Representar a receita em frações no caderno, agora em medidas. A que conclusão chegamos? Quanto gastamos para realizar a receita?
11) Texto matemático: obesidade no Brasil. Extraído da IBGE Analise do texto. Escreva com todas suas ordens, os numerais do texto que estão na forma simplificada. Problemas matemáticos envolvendo adição e subtração.
( pizza fracionária)
12) Texto : obesidade Infantil no RS, extraído da zero hora, 05/04/2010. Analise dos dados, porcentagens do texto. Com os dados obtidos no texto, introduzir frações e porcentagem.
13) Quadro comparativo de obesos no Brasil e crianças obesas no RS. Confecção de gráfico comparativo feito de caixa de leite.
14 Trabalhando com as química dos alimentos : complete o quadro dos aditivos sintéticos presentes nos alimentos industrializados que devem ter consumo restrito: aditivos ( gordura hidrogenada, açúcar, corantes,conservantes, sal, farinha refinadas) Onde é encontrado? Reação causada no organismo
15) Experimentos no laboratório de ciências: è importante mastigar bem, a ação da salivação, a acidez do suco gástrico, o movimento da digestão. e a composição dos alimentos. Relario conclusivo das experiências.
16) Texto : alerta as crianças gaúchas: doenças de adulto na infância- de mal com a balança, extraído da zero hora, 05/04/2010.
17) Faça uma síntese do texto, apontando os pontos mais importantes em sua opinião. Debate.
18) Confecção do portfólio “ os 10 mandamentos contra a obesidade infantil”, onde seão entregues aos pais e feito uma campanha de conscientização na escola para os colegas.
Onde poderemos encaixar a matemática no conteúdo sobre alimentação? Quanto tempo será que levamos para fazer a digestão? Você sabe o que é IMC? Quanto consumimos de calorias por dia?
OBJETIVOS:
• ressaltar a importância de uma alimentação saudável para o funcionamento de nosso corpo;
• propiciar opções saudáveis para desenvolver hábitos alimentares que lhe tragam uma boa qualidade de vida.
EIXOS TEMÁTICOS:
• Sistema de numeração decimal e números racionais
• Números naturais;
• Operações com números decimais e racionais,
• Grandezas e medidas
CONSTRUÇÕES ESSENCIAIS:
• Leitura, escrita e ordenação dos números racionais,
• Reconhecimento de diferentes significados das frações em situações – problema: parte todo, quociente e razão
• Situações ´problemas envolvendo operações com números naturais racionais e o uso das técnicas operatórias com a compreensão dos processos envolvidos;
• Situações problema envolvendo as operações de adição e subtração de números racionais na forma decimal; porcentagem
• Reconhecimento de unidades de medidas usuais ou sistema métrico decimal.
ABORDAGEM:
1) Analise da tabela dos alimentos consumidos: observe na tabela o tempo de digestão de alguns alimentos. Quais destes alimentos citados demoram mais tempo para ser digeridos? Se o tempo de digestão de um prato de macarronada fosse o dobro do tempo determinado na tabela, quanto seria?
2) Com base na tabela realizada por você, vamos somar as calorias dos aliemtnos. Quantas calorias você consumiu em um dia?
3) Observe esta formula para calcular o IMC ( índice de massa corporal) IMC = peso
Altura X altura
Agora vamos tentar calcular o nosso IMC:
Texto sobre o IMC adequado a cada faixa etária, extraído da zero hora
4) tema de casa: pesquise a quantidade ideal caloria de uma criança de sua idade.
5) Problemas matemáticos sobre calorias, envolvendo multiplicação e divisão.
6) Tema de casa: Embasando-se no texto dos alimentos, retire os números matemáticos existentes. Calcule há quanto tempo existem: os alimentos na américa e o tempo entre o século 15 e 16. Pesquise qual foi o ano da criação da geladeira da luz e do progresso agrícola.
7) Laboratório de matemática: vamos representar em nosso abaco os números encontrados no tema . Agora vamos escrevê-los por extenso no caderno.
8) Você sabe o que é um século e como é representado? Que anos encontramos no século 15? E no 16? Como convertemos os séculos para anos?
9) Texto explicativo sobre séculos.
10) Culinária : faremos uma receita escolhida pelas crianças do nosso livro de receitas, trabalhando medidas e frações. Representar a receita em frações no caderno, agora em medidas. A que conclusão chegamos? Quanto gastamos para realizar a receita?
11) Texto matemático: obesidade no Brasil. Extraído da IBGE Analise do texto. Escreva com todas suas ordens, os numerais do texto que estão na forma simplificada. Problemas matemáticos envolvendo adição e subtração.
( pizza fracionária)

13) Quadro comparativo de obesos no Brasil e crianças obesas no RS. Confecção de gráfico comparativo feito de caixa de leite.
14 Trabalhando com as química dos alimentos : complete o quadro dos aditivos sintéticos presentes nos alimentos industrializados que devem ter consumo restrito: aditivos ( gordura hidrogenada, açúcar, corantes,conservantes, sal, farinha refinadas) Onde é encontrado? Reação causada no organismo
15) Experimentos no laboratório de ciências: è importante mastigar bem, a ação da salivação, a acidez do suco gástrico, o movimento da digestão. e a composição dos alimentos. Relario conclusivo das experiências.
16) Texto : alerta as crianças gaúchas: doenças de adulto na infância- de mal com a balança, extraído da zero hora, 05/04/2010.
17) Faça uma síntese do texto, apontando os pontos mais importantes em sua opinião. Debate.
18) Confecção do portfólio “ os 10 mandamentos contra a obesidade infantil”, onde seão entregues aos pais e feito uma campanha de conscientização na escola para os colegas.
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pedagoga/Psicopedagoga Patricia Leuck; Psicóloga Juliana Carvalho Reis; Musicoterapeuta Nicole Ferrari
às
17:34
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sexta-feira, 26 de março de 2010
PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E OFICINAS PSICOPEDAGOGICAS: UMA PARCERIA POSSIVEL PARA O PROCESSO DE ENSINAR E APRENDER
Patricia Leuck –
Vários podem ser os motivos pelos quais a escola moderna não estar mais correspondendo às formas atuais de organização social. Mas aqui enfocaremos para este, que é atualmente o mais preocupante na atualidade, a evasão escolar.
Em 2007, o Brasil ficou em 76º lugar no ranking da educação Básica, atrás de até mesmo paises menos desenvolvidos. Isso nos leva a uma interrogação: Nossos alunos estão aprendendo de fato? O Ensino no Brasil de fato ocorre?
Grande parte dos alunos do Ensino Fundamental em geral adolescentes, não gostam de ir à escola, pois, se sentem excluídos ou desinteressados. Estatísticas indicam que de 15 a 30 % das crianças em idade escolar sofrem com alguma dificuldade acadêmica. 15% são disléxicas, gerando o terrível problema de reprovação, o sentimento de rejeição e impotência e conseqüentemente a evasão escolar.
A escola busca arduamente buscar respostas à cerca do fracasso escolar e desses alunos que não aprendem, onde Annete Abramowicz (1995, p.29) responde de uma forma bem fundamentada:
Para compreender quem é o repetente, é preciso que se responda algumas questões: Qual é a concepção de linguagem e aprendizagem existente na escola? Quem é aprendiz na percepção dos professores, com quem elas falam enquanto ensinam? O que ensina a professora e o que aprende o aluno?Que tipo de aprendiz é este, que repete no seu processo de aprendizagem, portanto, quem é o repetente do ponto de vista da escola e do aluno?
Daqui para adiante iremos distinguir dificuldades de aprendizagem e evasão escolar. Geralmente há algum tipo de deficiência ou necessidade educacional especifica comprometendo o desempenho escolar e pode causar o fracasso escolar. Já o fracasso escolar reúne uma série de conjunções, interagindo, mobilizando o desenvolvimento do educando e do sistema familiar/escolar/social no qual esta inserida.
Na mesma linha, Fernandez (2001, p.31) reflete:
Um fracasso escolar pode diferenciar-se de um problema de aprendizagem, analisando a modalidade de aprendizagem do aprendente em sua relação com a modalidade de aprendizagem do ensinante da escola. Nas situações de fracasso escolar, a modalidade de aprendizagem do sujeito não se torna patológica: quando se constitui um problema de aprendizagem.
Assim ao discutirmos estes problemáticas educativas, no remete a um consenso geral de autores da educação de que as atividades lúdicas são fundamentais a formação dos jovens e crianças e verdadeiras facilitadoras dos relacionamentos e das vivencias dentro da sala de aula.
Brincar, jogar, relacionar, viver, simular, imaginar e aprender.
Celso Antunes afirma que devemos falar em jogos que atribuam um estimulo ao crescimento, ao desenvolvimento cognitivo, aos desafios ao viver, e não de jogos que promovam a competição entre pessoas, que levam somente a derrota e vitória: “em outras palavras, todo jogo pode ser para muitas crianças, mas sobre a inteligência será sempre pessoal e impossível de ser generalizada”. (ANTUNES, 1998).
Aqui chego em nosso titulo: psicopedagogia institucional e oficinas psicopedagógicas...”, julgo de extrema importância, e ao mesmo tempo lastimo por não ser assim; todas as instituições de ensino usufruírem desta ferramenta importantíssima que são as oficinas psicopedagógicas”.
As oficinas proporcionam momentos de reflexão que mudam o olhar para este aluno, e dele, para com sua dificuldade de aprendizagem. Ele exterioriza seus medos, suas dificuldades de uma forma sutil, sem agredir suas emoções e nos possibilita obter uma visão a qual dentro de sala de aula não conseguimos enxergar.
E para defender minha teoria sobre esta importância cito Winnicott:
É no brincar, somente no brincar, que o individuo, criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral, e é somente sendo criativo que o individuo descobre o seu eu. (WINNICOTT, 1975, p.80).
As crianças ao brincarem utilizam todo seu cognitivo e emocional. Criam personagens em suas brincadeiras, dão asas à imaginação, interagem com o meio o qual vivem, e estravasam seus medos e frustrações através do que brincam. Brincar para criança é coisa séria.
Passam a entender seu meio, as regras socias, aprendem a ter limites e respeitar o próximo e ao seu meio ambiente.
Explorando a criatividade, o mundo que a cerca, a criança estará formando sua personalidade movida de autoconfiança, criticidade e espírito coletivo.
Assim é quando brincam de casinha, representam os papeis dos adultos que convivem expressando seus medos, frustrações nos seus personagens ou em suas bonecas. Cuidemos como as meninas cuidam de seus bebês para percebermos como são tratadas.
Dentro deste trabalho podemos trabalhar com brincadeiras, jogos, teatro, musica e arte. Depende de nós psicopedagogos saber o que queremos despertar e para que.
1- BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
O brincar na educação, propicia vínculos entre educando e educador,
Funciona como vivencia ou simulação de experiências e conteúdos, nos aproximando do universo dos alunos. A brincadeira resgata o prazer, a alegria, o poder de imaginar e criar. Faz com que a criança encare seus medos.
Brincar não tem idade, seja criança, adolescente, adulto ou idoso precisa reencontrar-se na brincadeira, aflorar seus sentimentos, conflitos e inseguranças.
É através do brincar que a criança expressa suas emoções, sua linguagem corporal e oral, explora, interage e representa o seu meio . Também é através do brincar que desenvolverá a socialização, entendendo o seu papel social e a dependência que temos do outro.
Assim, ela se formará socialmente e plenamente como ser humano emocionalmente saudável. Concordo com Wallon. Cabe a nós educadores e pais estimular estas emoções constantemente, fazê-los analisar varias possibilidades de enxergar seu mundo, de expressar suas emoções, de confrontar com o que a incomoda. A criança que recebe estímulos tem uma percepção muito mais abrangente de si própria e do outro. Ela precisa de seu corpo e mente libertos para novas descobertas
Nós seres humanos em geral, não só as crianças, sempre estamos nos espelhando em alguém, porém as crianças ainda não estão com sua identidade estruturada. Aqui, temos a missão de darmos bons exemplos para serem espelhados. Crianças reproduzem tudo o que vivenciam, cabe a nós mostrar-lhes o que é saudável para si e para sua convivência social.
Mas devemos ter em mente todo cuidado ao escolher os brinquedos aos quais iremos trabalhar, precisamos ter absoluta segurança de acordo com faixa etária, selo IMETRO, objetivo especifico da brincadeira ou do brinquedo.
2- JOGOS
O jogo é visto como facilitador da estruturação da personalidade e dos processos
Cognitivos, e vem sendo estudado por profissionais das áreas da saúde e da educação.
Nos jogos trabalhamos com regras e limites, erros, soluções problemas, com a.
Atenção criamos estratégias. Uma série de fatores fundamentais à estruturação da aprendizagem.
Dohme afirma que os jogos são de fonte de diversão, mas que também propiciam.
Situações educativas. Diz, ainda, que para a criança o jogo é um fim, pois ela joga por prazer; para o educador, é um meio, que possibilita a vivência dessas situações educativas, cabendo então a ele a escolha dos jogos em função daquilo que se necessita trabalhar.
Há varias classificações para os jogos. Julgo colocar que cabe a cada psicopedagogo
Pesquisar e escolher o que melhor se atribui a necessidade de seus educandos.
3- TEATRO. MUSICA E ARTE
A expressão corporal e emocional é a maior aliada para sanar dificuldades de
Aprendizagem. È aqui que a criança, adolescente, adulto ou idoso se liberta, se reconstrói.
Não podemos deixar de trabalhar em nossas oficinas psicopedagógicas este
Trabalho de expressão, que segundo Teresa Arribas et al cita... O corpo é um instrumento que permite realizar os processos básicos de adaptação ao meio exterior e é o canal de comunicação com os demais seres humanos.
Ao se trabalhar com arte, teatro e música, estaremos estimulando a criatividade e a imaginação: desenvolvendo o pensamento critico; explorando novas formas de expressão; possibilitando o autoconhecimento; desenvolvendo o interesse e a concentração, melhorando o desempenho escolar; auxiliando no tratamento de distúrbios de aprendizagem; lidando com preconceitos e estimulando a cooperação e o companheirismo entre alunos.
Ao se trabalhar com os pais, a oficina oferece a oportunidade de se discutir: a importância da participação dos pais ou responsáveis nos processos escolares. O papel da família no equilíbrio da criança; como lidar com o stress na vida cotidiana e como auxiliar seu filho a lidar com os desafios da vida.
Wallon (1951) coloca a relação afetiva no centro do processo de desenvolvimento
Do caráter e da inteligência da criança. Propondo uma estreita relação entre tono pastoral e tono emocional, e considerando a emoção elemento de ligação entre o orgânico e o social, elabora uma teoria do desenvolvimento que concebe a criança, desde o seu nascimento, como um ser em sociedade. Sendo assim, para este autor, a estruturação do caráter e da inteligência depende, fundamentalmente, das relações estabelecidas entre criança e seus pares.
Aqui também trabalhamos as consciências fonológicas, que é a habilidade de dividir palavras em segmentos separados da fala, percebendo-as como uma seqüência de fonemas. È a reflexão explicita sobre a estrutura sonora das palavras faladas; que pode ser segmentada em palavras, em silaba e as silaba e em fonemas e, que podemos repeti-las em diferentes palavras faladas.
Para que ocorra uma eficácia na alfabetização, a criança precisa desta estruturação bem distinta: rimas e aliterações, consciência das palavras, consciência silábica e consciência fonética.
“Alfabetizar não é apenas ensinar a ver o encontro das letras, mas aprender a ouvir os sons dos símbolos gráficos”.
Algumas atividades como trabalhar prefixos e sufixos, soletrando, ditado fonético auxiliam para a interpretação conceitual que a criança fará da consciência fonológica e semântica. E isto esta bem explicito em interpretações teatrais, brincadeiras com fantoches, na música, enfim em toda expressão oral.
A escola é um espaço fundamental na construção da identidade do individuo, pois atua de forma importante na formação de valores e princípios que irão nortear a vida de seus alunos. Contudo, isso só será possível se houver um ambiente propicio a interação entre profissionais da educação, alunos e responsáveis. Com isso as oficinas aulixiam nesta nova forma de enxergar à qualidade no processo ensino aprendizagem: integração entre objetivos da escola, as necessidades dos alunos, a atuação dos educadores e expectativas dos pais, atuando na transformação de seus alunos e filhos em indivíduos conscientes, críticos e atuantes, que possam colaborar na conquista.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A importância de uma Educação mais abrangente faz com que procuremos novas saídas para suprir as carências encontradas nas intuições de ensino. Propor atividades criativas como uma das saídas viáveis para uma maior integração entre as áreas a fins e para desenvolver valências esquecidas na aprendizagem...
Encerro aqui com uma mensagem que resume toda importância do brincar: “... Quando estou construindo com blocos no quarto de brinquedos, por favor, não diga que estou apenas brincando; porque enquanto brinco, estou aprendendo sobre equilíbrio e formas”.
Quando estou me fantasiando, arrumando a mesa e cuidando das bonecas, por favor, não me deixe ouvir você dizer: ele está apenas brincando. Porque enquanto eu brinco, eu aprendo. Eu posso ser pai ou mãe algum dia.
Quando estou pintando até os cotovelos, ou modelando argila, estou expressando e criando. Quando estou entretido com um quebra cabeça ou com algum brinquedo na escola, não sinta que é tempo perdido, porque estou aprendendo... Hoje sou uma criança e meu trabalho é brincar! (extraído de um vídeo “brincar e coisa séria” do you tube).
Temos urgentemente que resgatar nossa infância, nossa juventude, acabar com a evasão e fracasso escolar. Quem pode nos auxiliar? Todos! Psicopedagogia institucional, instituição, educadores, alunos e pais, engajados nesta luta pela mudança, por buscas de ferramentas com as oficinas psicopedagógicas tornando nossos alunos, educadores e pais sujeitos/autores pensantes.
BIBLIOGRAFIA
HAETINGER, G. A. – Ludicidade e psicomotricidade. Curitiba: IESDE Brasil AS; 2007.
HAETINGER. G.A. – Jogos, Recreação e Lazer. Curitiba: IESDE Brasil, 2006.
COUTINHO. D.K. Pesquisa: o aluno da Educação Infantil e dos Anos Iniciais. Curitiba: IESDE Brasil S.A; 2007.
GRASSI. M.T. Oficinas Psicopedagógicas . Ed. Ver e atual – Curitiba; Ibpex, 2008.
COUTINHO, V. Arteterapia com crianças. 3 ed. Rio de Janeiro: Wak Ed, 2009.
OLIVER. L. Psicopedagogia e arteterapia. 2ª ed. Rio de janeiro: Wak Ed. 2008.
www.youtube.com.br
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pedagoga/Psicopedagoga Patricia Leuck; Psicóloga Juliana Carvalho Reis; Musicoterapeuta Nicole Ferrari
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13:40
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Construção da identidade
Mesmo convivendo a tanto tempo, será que nos conhecemos? Somos todos iguais? Permanecemos os mesmos do ano passado?
* Possibilitar o auto e hetero conhecimento dos alunos integrando e socializando suas vivências para a construção de sua identidade e da turma.
Construção de tabelas, reta numérica e pesquisa de dados matemáticos
• Proporcionar conhecimento mutuo, memorização dos nomes e a integração grupal.
• O auto conhecimento e de percepção do outro, ressaltando o poder da imaginação em nossas vidas.
• Entender a matemática como algo corriqueiro em nossa vida diária
• Compreeender o conceito de reta numérica e tabela. E sua importância social.
1) Dinâmica de apresentação: cada um dirá o próprio nome acrescentando um adjetivo que tenho a mesma inicial do seu nome. Ex: Roberto – Risonho.
O seguinte repete o nome do companheiro com o nome do companheiro com o adjetivo e o seu, apresenta acrescentando um adjetivo para o seu nome e assim sucessivamente.
2) Conversação sobre os combinados da sala de aula. Construção do cartaz
3) Conversação sobre a organização do material: margens no caderno, organização das disciplinas e os materiais que deixaremos na escola.
4) Dinâmica “ Minha bandeira pessoal” : O que você valoriza na vida? O que gostaria de mudar em si mesmo? Se você fosse um animal, qual seria? Porquê? O que as pessoas dizem mais admirar em você? Qual seu principal sonho?
5) Apresentação da dinâmica.Questinamento: onde encontramos a matemática aqui ?
6) Elaborar um repertório de situações que utilizamos a matemática no dia a dia ( fazer as anotações no caderno).
7) Tema de casa: Trazer recortes de revistas onde esteja sendo utilizada diariamente a matematica.
8) Elaborar uma listagem com seus dados pessoais relacionando-os à matemática: ( utilizar fita métrica e balança) Fazer as anotações no caderno.
9) Entregar uma folha de desenho para cada aluno, onde criará sua identidade pessoal, completando com seus dados da atividade anterior.
10) Construir o perfil da turma, utilizando a reta numérica e os dados fornecidos pela turma. Mas o que é uma reta numérica? Vamos descobrir ? (após ouvir suas opiniões sobre seus conceitos de reta, passar-lhes o argumento cientifico )
11) Tema de casa: Utilizando seus dados matemáticos, construa sua biografia.
12) tabela. O que é? Para que serve? Construir uma tabela com os dados coletados da atividade dos dados pessoais.
13) Responda as seguintes situações a seguir utilizando a tabela : qual o maior ? O menor? Pesado? mais leve?
14) Qual o resultado da soma do peso de todas as meninas da sala? E dos Meninos?
15) Um elevador têm capacidade para 900kg. Se colocássemos toda turma no elevador o que aconteceria?
16) Atividades com dobro, triplo e quádruplo sobre os dados da turma.
17) Dinâmica da folha de papel: buscar possibilidades para que seu corpo passe por dentro dela. Quantas possibilidades utilizamos para chegar ao resultado final? Mostrar-lhes a tabela e a arvore das possibilidades para analizarmos o resultado.
18) Atividade sobre raciocínio combinatório: Liana vestia-se para vir a reunião de sábado na escola. Separou para vestir: três calças ( uma jeans, uma de ginástica e a outra do abrigo da escola) e quatro blusas ( uma estampada, uma vermelha , uma listrada e uma preta). Ai ficou em dúvida, sem saber que roupa ir a reunião da escola. Imaginou todas as possibilidades. Quantas e quais são essas possibilidades? Sugestão: vocês pode utilizar uma tabela ou a árvore das possibilidades
19) Tema de casa: Construir um texto matemático sobre A Matemática em nosso dia a dia.
1) utilizando a mesma SP1 de matemática, questioná-los sobre suas características físicas: continuam as mesmas do ano passado? O que mudou? Como é seu comportamento emocional? Como gosta de tratar as pessoas? E ser tratado? Quais as relações afetivas que consideram importantes?
2) Em duplas, desenhar o contorno do colega em papel pardo e, em seguida completa-lo com as características físicas da dupla .
3) Fazê-los refletir sobre suas emoções e reações de conflito.
4) Tema de casa: Consultar seus pais e escrever um relato de como eles vêem suas emoções, seus comportamento e personalidade.
5) Trazer uma roupinha e foto de qdo bebê e dados sobre seu nascimento.
6) Música: Emoções – Roberto Carlos. Escutaremos e contaremos . O que sentimos ao escutar esta música? Que emoções nos trouxe a tona?
7) Listem suas características emocionais:
8) Como reagem diante de situações de conflito? Cite-as.
9) Texto de apoio: “ Entenda como sua saúde emocional afeta sua saúde física”. Leitura e comentários sobre o texto.
10) Construa um quadro retirando as citações do texto sobre as emoções e as reações que o corpo sobre:
11) Escolha duas destas emoções citadas e descreva como seu corpo reage a elas:
12) Construir caras de emoções diferentes para serem anexadas no boneco.
13) Construção do painel da identidade utilizando as fotos , roupinhas e biografias deles.
14) Tema de casa: Faça uma tabela de suas preferências quanto: alimentos/ vestuário/cores//esporte e música.
* Possibilitar o auto e hetero conhecimento dos alunos integrando e socializando suas vivências para a construção de sua identidade e da turma.
Construção de tabelas, reta numérica e pesquisa de dados matemáticos
• Proporcionar conhecimento mutuo, memorização dos nomes e a integração grupal.
• O auto conhecimento e de percepção do outro, ressaltando o poder da imaginação em nossas vidas.
• Entender a matemática como algo corriqueiro em nossa vida diária
• Compreeender o conceito de reta numérica e tabela. E sua importância social.
1) Dinâmica de apresentação: cada um dirá o próprio nome acrescentando um adjetivo que tenho a mesma inicial do seu nome. Ex: Roberto – Risonho.
O seguinte repete o nome do companheiro com o nome do companheiro com o adjetivo e o seu, apresenta acrescentando um adjetivo para o seu nome e assim sucessivamente.
2) Conversação sobre os combinados da sala de aula. Construção do cartaz
3) Conversação sobre a organização do material: margens no caderno, organização das disciplinas e os materiais que deixaremos na escola.
4) Dinâmica “ Minha bandeira pessoal” : O que você valoriza na vida? O que gostaria de mudar em si mesmo? Se você fosse um animal, qual seria? Porquê? O que as pessoas dizem mais admirar em você? Qual seu principal sonho?
5) Apresentação da dinâmica.Questinamento: onde encontramos a matemática aqui ?
6) Elaborar um repertório de situações que utilizamos a matemática no dia a dia ( fazer as anotações no caderno).
7) Tema de casa: Trazer recortes de revistas onde esteja sendo utilizada diariamente a matematica.
8) Elaborar uma listagem com seus dados pessoais relacionando-os à matemática: ( utilizar fita métrica e balança) Fazer as anotações no caderno.
9) Entregar uma folha de desenho para cada aluno, onde criará sua identidade pessoal, completando com seus dados da atividade anterior.
10) Construir o perfil da turma, utilizando a reta numérica e os dados fornecidos pela turma. Mas o que é uma reta numérica? Vamos descobrir ? (após ouvir suas opiniões sobre seus conceitos de reta, passar-lhes o argumento cientifico )
11) Tema de casa: Utilizando seus dados matemáticos, construa sua biografia.
12) tabela. O que é? Para que serve? Construir uma tabela com os dados coletados da atividade dos dados pessoais.
13) Responda as seguintes situações a seguir utilizando a tabela : qual o maior ? O menor? Pesado? mais leve?
14) Qual o resultado da soma do peso de todas as meninas da sala? E dos Meninos?
15) Um elevador têm capacidade para 900kg. Se colocássemos toda turma no elevador o que aconteceria?
16) Atividades com dobro, triplo e quádruplo sobre os dados da turma.
17) Dinâmica da folha de papel: buscar possibilidades para que seu corpo passe por dentro dela. Quantas possibilidades utilizamos para chegar ao resultado final? Mostrar-lhes a tabela e a arvore das possibilidades para analizarmos o resultado.
18) Atividade sobre raciocínio combinatório: Liana vestia-se para vir a reunião de sábado na escola. Separou para vestir: três calças ( uma jeans, uma de ginástica e a outra do abrigo da escola) e quatro blusas ( uma estampada, uma vermelha , uma listrada e uma preta). Ai ficou em dúvida, sem saber que roupa ir a reunião da escola. Imaginou todas as possibilidades. Quantas e quais são essas possibilidades? Sugestão: vocês pode utilizar uma tabela ou a árvore das possibilidades
19) Tema de casa: Construir um texto matemático sobre A Matemática em nosso dia a dia.
1) utilizando a mesma SP1 de matemática, questioná-los sobre suas características físicas: continuam as mesmas do ano passado? O que mudou? Como é seu comportamento emocional? Como gosta de tratar as pessoas? E ser tratado? Quais as relações afetivas que consideram importantes?
2) Em duplas, desenhar o contorno do colega em papel pardo e, em seguida completa-lo com as características físicas da dupla .
3) Fazê-los refletir sobre suas emoções e reações de conflito.
4) Tema de casa: Consultar seus pais e escrever um relato de como eles vêem suas emoções, seus comportamento e personalidade.
5) Trazer uma roupinha e foto de qdo bebê e dados sobre seu nascimento.
6) Música: Emoções – Roberto Carlos. Escutaremos e contaremos . O que sentimos ao escutar esta música? Que emoções nos trouxe a tona?
7) Listem suas características emocionais:
8) Como reagem diante de situações de conflito? Cite-as.
9) Texto de apoio: “ Entenda como sua saúde emocional afeta sua saúde física”. Leitura e comentários sobre o texto.
10) Construa um quadro retirando as citações do texto sobre as emoções e as reações que o corpo sobre:
11) Escolha duas destas emoções citadas e descreva como seu corpo reage a elas:
12) Construir caras de emoções diferentes para serem anexadas no boneco.
13) Construção do painel da identidade utilizando as fotos , roupinhas e biografias deles.
14) Tema de casa: Faça uma tabela de suas preferências quanto: alimentos/ vestuário/cores//esporte e música.
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pedagoga/Psicopedagoga Patricia Leuck; Psicóloga Juliana Carvalho Reis; Musicoterapeuta Nicole Ferrari
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Matemática Hoje
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pedagoga/Psicopedagoga Patricia Leuck; Psicóloga Juliana Carvalho Reis; Musicoterapeuta Nicole Ferrari
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Cartões | Plano de Aula | Matemática | Nova Escola
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pedagoga/Psicopedagoga Patricia Leuck; Psicóloga Juliana Carvalho Reis; Musicoterapeuta Nicole Ferrari
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
A EDUCAÇÃO DOS MEUS SONHOS
“Precisamos contribuir para criar a escola que é a aventura que marca, que não tem medo de riscos, por isso recusa o imobilismo. A escola em que se atua, em que se fala, em que se ama, se adivinha, a escola que apaixonadamente diz sim à vida”.
Paulo Freire
Sempre fui uma pessoa idealista e intensa quando se trata de meus projetos, seja pessoal ou profissional. E quando resolvi lutar por eles, largando meu curso de Direito, um estágio na área jurídica em uma empresa promissora assinei minha sentença com meus pais. Mas o que importa é minha realização como ser humano.
Quando assumi duas nomeações no município de minha cidade natal, fui direto para um bairro carente, crianças em vulnerabilidade social. Escola precária, professores desmotivados. Confesso que foi um choque pra mim. Porém não me deixei abalar, a escola poderia ter problemas (e qual não tem?), mas em minha sala de aula faria deles aprendizagem, nossas dificuldades se transformariam em degraus. E assim fomos indo, improvisando, aprendendo a aprender. Passei por muitas adversidades, tive muitas incertezas, muitas desmotivações, muitas frustrações, muitas noites de choro de insatisfação comigo mesma, com o sistema educacional, com a falta de ética. Enfim, lastimas e criticas nunca resolveram situações problema.
Foi ai que ao ler A Pedagogia da Indignação de Paulo Freire 1997. Pg 35. Identifiquei-me com a seguinte fala:... Há algo ainda de que me convenci ao longo de minha longa experiência de vida, de que a de educador é importante parte. Quanto mais e mais autenticamente tenhamos vivido a tensão dialética nas relações entre autoridade e liberdade tanto melhor nos teremos capacitado para superar razoavelmente crises de difícil solução para quem tenha se entregue aos exageros licenciosos ou para quem tenha estado submetido aos rigores de autoridade despótica. A disciplina da vontade, dos desejos, o bem estar que resulta da prática necessária, às vezes difícil de ser cumprida, mas que devia ser cumprida, o reconhecimento de que fizemos é o que devíamos ter feito, a recusa à tentação da autocomplacência nos forjam como sujeitos éticos, dificilmente autoritários ou submissos ou licenciosos. Seres mais bem dispostos para a confrontação de situações limites..
Se alguém, ao ler este texto, me perguntar, com irônico sorriso, se acho que para mudar o Brasil, basta que nos entreguemos ao cansaço de constantemente afirmar que mudar é possível e que os seres humanos não são puros espectadores, mas atores também da história, direi que não. Mas direi também que mudar implica saber que fazê-lo é possível.(Paulo Freire)
Ali, percebi que o que importa é se minha parte esta sendo feita, que educação quero como profissional e mãe. Passei a traçar metas na Patrícia educadora, me sentindo o Cheguevara da educação (risos), juntamente com meus colegas (porque sozinha não se vai a lugar algum) rompemos algumas das barreiras que nos aprisionavam na escola e começamos a construir o nosso ideal de educação para todos, apesar dos esbarros no sistema novamente. Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação, exige reconhecer que a educação é ideológica. (Paulo Freire – Pedagogia do Oprimido)
Só que mesmo lutando, buscando este ideal de educação, sentia que faltava ainda muito embasamento teórico a mim como profissional, queria ampliar meus horizontes. Cidade pequena quaisquer algo a mais temos que buscar em outros municípios. Assim deixei em banho Maria minhas idéias por não poder no momento.
Quando surgiu a oportunidade de virmos para Caxias do Sul ferveceu novamente, pois aqui tranqüilamente poderia fazer pós, mestrado e o tão almejado doutorado. Com as emoções borbotando: medo, insegurança, euforia não percebi que teria que deixar minha turma da 4ª série, meus alunos desde a 2ª série (ora no ensino regular, ora no turno integral) que seria dolorido para ambas as partes, mas isso só nos damos conta quando perdemos. Tive um orgulho imenso em poder conviver naquela comunidade de catadores de lixo, prostitutas e de crianças tão cheias de amor, de uma bagagem de vida (apesar de tão pouca idade) que me ensinaram muito. Ensinaram-me a dar valor ao que tenho, a vida. Nunca vou esquecer um fato que marcou muito minha sala de aula, em uma determinada semana estava trabalhando o lixo, reciclagem... Então tive a idéia de convidar a mãe de um aluno para nos dar uma palestra sobre seu serviço de catadora de lixo. Foi muito emocionante ver aquelas senhoras, humildes, mas muito orgulhosa, principalmente valorizada pelo convite, explicando seu trabalho. O seu filho estava deslumbrado, extasiado com o momento. Tenho a absoluta que aquela foi a melhor aula de minha vida.
Por esta razão, concordo com Maira Aranha, quando afirma que... A verdadeira educação deve dissolver a assimetria entre o educador e o educando, pois, se há inicialmente uma desigualdade, esta deve desaparecer à medida que se torna eficaz a ação do agente da educação. O bom educador é, portanto, aquele que vai morrendo durante o processo...(ARANHA, 1989, p.51) naquele momento não era mais eu que conduzia as crianças ao ato de educar e sim aquela senhora, que para muitos nada teria a contribuir com nosso crescimento educativo.
E agora cá estou eu, caminhando para alcançar o que sonho passou por algumas escolas em Caxias, que acrescentaram muito em minha busca. Atualmente trabalho com assessora pedagógica em algumas escolas de educação infantil, e posso perceber que temos muita caminhada pela frente e alguém tem que dar o primeiro passo.
Nietzsche já dizia: “Se quiser ser um homem forte, torne-se mestre de um único objetivo, insista no seu trabalho”.E é isso que quero, persistir, errar, consertar meu erro, buscar novas possibilidades de olhar a educação.
Tento fazer meu objetivo único: a educação. A educação que contribua para formar indivíduos aptos a exercer plenamente todas as potencialidades de seu espírito. Para isso, “... nós educadores também temos que agir e viver para aprender a compreender”.Nietzsche.
Quero um ensino em que a criança seja capaz de se auto-regular dinamicamente e de sentir, processar e gerar respostas a informações afetiva e cognitiva que recupera e recebe do ambiente, que graças a sua vitalidade e curiosidade se constrói e descobre a si mesma: seu corpo, movimentos, expressões e emoções, seus pensamentos e afetos. Desejo uma criança que seja formada a partir dos seus interesses e potencialidades, segundo seu ritmo pessoal de aprendizagem.
Desenvolver um trabalho, respeitando cada etapa de seu desenvolvimento.
Postado por
pedagoga/Psicopedagoga Patricia Leuck; Psicóloga Juliana Carvalho Reis; Musicoterapeuta Nicole Ferrari
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